Nunca tive saudade do passado, nem do que não aconteceu...
Nunca tive medo de que meus segredos fossem revelados, mas que não fosse eu ao revelá-los.
Nunca sonhei acordado, já que nunca dormi. Nunca respirei outra coisa que não morte e ao mesmo tempo nunca me senti tão vivo.
Nunca recuperei os desejos perdidos, nem desejo recuperar.
Sinto falta do futuro, se é que isto é possível.
Este pertence ao meu passado da mesma maneira que meu presente pertence ao seu.
Tudo volta, apenas sobre uma nova ótica, um novo contexto.
Que pena que meu contexto não é o mesmo, para que assim possa revivê-lo com mais intensidade.
Agora o que me resta são os desandares vagarosos de meus sapatos.
Tortuosos e sem jeito, estes vão retirando minhas marcas do presente e se perdem nos caminhos que ainda não andei.
Devaneios doces às tardes de sexta entre os tempos...
- DM - 19.09.2014
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário