Nunca tive saudade do passado, nem do que não aconteceu...
Nunca tive medo de que meus segredos fossem revelados, mas que não fosse eu ao revelá-los.
Nunca sonhei acordado, já que nunca dormi. Nunca respirei outra coisa que não morte e ao mesmo tempo nunca me senti tão vivo.
Nunca recuperei os desejos perdidos, nem desejo recuperar.
Sinto falta do futuro, se é que isto é possível.
Este pertence ao meu passado da mesma maneira que meu presente pertence ao seu.
Tudo volta, apenas sobre uma nova ótica, um novo contexto.
Que pena que meu contexto não é o mesmo, para que assim possa revivê-lo com mais intensidade.
Agora o que me resta são os desandares vagarosos de meus sapatos.
Tortuosos e sem jeito, estes vão retirando minhas marcas do presente e se perdem nos caminhos que ainda não andei.
Devaneios doces às tardes de sexta entre os tempos...
- DM - 19.09.2014
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
sábado, 13 de setembro de 2014
Nunca soube o que é dor
Nunca soube o que é dor. Nunca reparei no que é a dor.
As dores que senti ao longo dos anos foram meras ilusões.
Sensações que gostam de fingir... dissimular... persuadir...
"Nunca soube o que é dor", disse para si mesmo o mestre do campanário. Ornado de graça e ânsia, se dispusera a trabalhar quando tal pensamento lhe veio a mente. Não se sabe o por quê, nem pra quê, este apenas veio.
Dialogando consigo mesmo sobre os males da vida, seguiu sua rotina de afazeres ludibriantes e enfadonhos. "Se nunca senti dor, como posso dizer que sou realmente humano?", "Como pode um homem, em toda a sua pomposidade e senso, não ter experimentado tal sensação?".
Nunca soube o que é dor... até este momento
- DM - 13.09.14
As dores que senti ao longo dos anos foram meras ilusões.
Sensações que gostam de fingir... dissimular... persuadir...
"Nunca soube o que é dor", disse para si mesmo o mestre do campanário. Ornado de graça e ânsia, se dispusera a trabalhar quando tal pensamento lhe veio a mente. Não se sabe o por quê, nem pra quê, este apenas veio.
Dialogando consigo mesmo sobre os males da vida, seguiu sua rotina de afazeres ludibriantes e enfadonhos. "Se nunca senti dor, como posso dizer que sou realmente humano?", "Como pode um homem, em toda a sua pomposidade e senso, não ter experimentado tal sensação?".
Nunca soube o que é dor... até este momento
- DM - 13.09.14
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