sentado em um canto isolado do nada,
enquanto que meus pensamentos estagnavam.
Sorrindo para o vazio.
Amigo inconstante, desacelerado.
De suas margens surgem a negritude dos pesares,
a força dos desapegos e o medo dos corajosos.
De mãos dadas com o vazio.
Fotos em preto e branco na parede salmão.
Pessoas indistinguíveis, rostos desalinhados.
Pedaços de memória cicatrizadas no esquecimento.
Olhando como o vazio.
Ao seguir teu olhar o mistério me enebria e me enaltece.
Corre entre as veias pulsantes do tempo,
que insistem em reverberar os minutos que nos resta.
Bate o relógio, some o devaneio e resta a dúvida.
Quem está sentado no outro canto do café vazio olhando para o nada?
Eu sou o vazio.
06 de Maio de 2015 - DM
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